Nó de Gravata
Ó Deus, cria em mim um coração puro. Salmo 51:10
Hoje vamos para a Croácia. Esse país próximo à Itália deu origem a um elemento do vestuário masculino que, cedo ou tarde, gostando ou não, todo o homem usará um dia. Nem que seja no seu casamento ou, pior ainda, no próprio funeral. É a gravata, acessório de roupa amado pelos homens formais, mas detestado pelos que preferem bermuda e chinelo.
Você sabe como surgiram as gravatas? Dizem que na Guerra dos Trinta Anos, enquanto fervilhavam as batalhas na Europa, os mercenários croatas se apresentaram em apoio ao governo francês. Quando os soldados entraram pelas ruas de Paris, o que mais chamou a atenção foi aquilo que os franceses identificaram como cachecóis pitorescos em volta do pescoço. A sociedade parisiense gostou da ideia, pela elegância diferenciada, e passou a imitá-los. Os franceses chamaram tal adereço de cravat, que significa croata. Desde então, o uso do adereço espalhou-se pelo mundo até chegar a nós com sua versão em português: a gravata.
Você imaginava que as gravatas do seu pai surgiram há mais de 400 anos, lá na Croácia? Isso me faz pensar no poder da influência. Sempre influenciamos e somos influenciados. Ninguém é 100% autêntico. Todos nós observamos os outros e somos impactados pelo comportamento deles. Já pensou quantas pessoas “espiam” você, aprendendo com seu jeito? Infelizmente, também há muitas influências negativas. O povo de Israel foi influenciado pelos cultos pagãos, como a adoração a Baal. E a própria Eva seguiu o exemplo estarrecedor da serpente do mal.
Não duvide: a influência tem um grande poder. E isso não é necessariamente uma coisa má. Essa é nossa realidade como seres humanos, convivendo em sociedade. Por isso, peça a Deus para ajudá-lo a imitar as coisas boas dos outros. Quase todo mundo tem algo de construtivo para ser observado.
E, quanto ao seu exemplo, ore para que os outros sigam seus melhores passos. Ser um verdadeiro cristão é apresentar o que de Cristo fica bem visível no nosso jeito de ser. O mundo é uma plateia a nos observar para constatar se parecemos com o Jesus que dizemos conhecer. Isso valerá mais do que andar por aí com um nó no pescoço.